Já ouvi relatos de indivíduos que foram parar no
psicólogo após uma sessão de feedback. Eles passaram por situações cruéis como
ser colocados em frente a uma parede, de costas para um grupo formado por seu
chefe e pares que os criticavam à vontade, sem os profissionais poderem
responder. Uma situação humilhante.
A principal função de um líder é formar outros líderes.
Para isso deve usar competências como: motivação, delegação, follow-up e
feedback, entre outras. Entretanto, feedbacks inapropriados não formam ninguém,
estressam os profissionais, geram doenças e, nos casos mais graves, são motivos
de processos de assédio moral.
A causa dessas situações é o gerente utilizar o feedback
para dar broncas, desabafar e livrar-se de emoções negativas. Desconhece métodos
para realizá-lo e também ignora a função principal dessa competência que é
desenvolver pessoas.
A solução passa, necessariamente, por uma melhor escolha
dos líderes empresariais.
Pessoas imaturas e incapazes de dominar suas emoções
não devem exercer cargos de liderança. Afinal, liderar é ter de conseguir
resultados por meio de outras pessoas e isso é, frequentemente, frustrante.
Além disso, a pressão por prazos, as restrições orçamentárias e legais demandam
do líder uma altíssima capacidade de manter o equilíbrio emocional,
principalmente nos momentos de feedback.
O gerente também deve conhecer os melhores métodos para
por em prática essa competência. Deve se interessar por livros sobre o tema,
procurar por um mentor ou coach para
desenvolver-se, e fazer um curso sobre o assunto. Feedback não é momento para
humilhar o funcionário, tampouco para rotulá-lo, chamando-o do que quer que
seja.
O feedback produtivo é uma orientação verdadeira, direta
e objetiva sobre quais comportamentos devem ser interrompidos, e quais devem
ser incentivados para que os propósitos da empresa sejam cumpridos.
Em momentos de recessão, como o que atravessamos, os
gestores devem saber cobrar os resultados com rigor, mas com respeito. Pois, as
crises passam, mas as experiências negativas vivenciadas pelas pessoas, ficam.
E elas podem destruir de maneira definitiva o clima organizacional e o
engajamento dos profissionais com a empresa.
O trabalho não é para ser um exercício de tolerar
malcriação de chefes e líderes imaturos.
O respeito deve prevalecer nos bons e
maus momentos.
Afinal, se já está difícil reter talentos, não será com
palavras duras e aplicadas de maneira inapropriada que iremos fazê-lo.
Saibamos orientar as pessoas e extrair o melhor delas.
Todo mundo só tem a ganhar com isso.
Vamos em frente!
Fonte: Dicas Profissionais
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