O ambiente corporativo está cada vez mais chato. Está
cheio de processos e rotinas que exigem maior atenção, monitoramento, controle,
perseguição da conformidade determinada pelos manuais da qualidade,
paradoxalmente, solicita de cada colaborador, mais motivação, engajamento,
ousadia, criatividade e inovação. Passamos de um tipo de administração,
altamente normativo para um ambiente contingencial e ao mesmo tempo,
paradoxalmente, preditivo.
Porém, chato é uma expressão que tem sentidos diferentes,
a depender do ponto de vista e da conceituação que cada um pode dar em certo
instante.
Por exemplo, se alguém está com dor de cabeça, ouvir
música é bem chato. Ao passo que se esta mesma pessoa estiver em uma festa,
comemorando algo, o som alto combina melhor com o astral do momento.
Daí, conclui-se que chatice depende da condição
fisiológica e psicológica de um mesmo sujeito, podendo ainda acrescentar
fatores culturais, sociais, políticos e geracionais, os quais são capazes de
determinar o chatômetro inerente ao grau dado a esses fatores por cada um.
No ambiente de trabalho uma pessoa chata pode ser alguém
detalhista, que cobra muito os resultados e as entregas pactuadas. Por outro
lado, chato também pode aquele que não dar bom dia para subalternos, que não
interage com equipes, que não sorrir, que vive de cara “amarrada”, só reclama e
apenas fala de questões técnicas ou sociais e pessoais em demasia,
faltando-lhes um eixo de equilíbrio nos “contratos ” de convivência.
Seja por uma visão, conceituação ou condição fisiológica
e psicológica, o chato é importante nas organizações, pois muitas vezes são as
pessoas chatas do tipo “cobradores de tarefas bem feitas e realizadas antes no
prazo limite”, que fazem a diferença nas organizações. São esses colegas que
alcançam as metas e apresentam resultados de forma obstinada. Portanto,
tenhamos cuidado ao chamar alguém de chato. É um rótulo que não deve ser dado a
nenhum colega, haja vista que o chato pode ser seu chefe amanhã.
Enxergue e
trate todos pelo prisma da diversidade comportamental. Afinal de contas nem
irmãos gêmeos têm completa sincronia de atos e ideologias, quanto mais os
nossos colegas de trabalho que possuem traços de personalidade, valores culturais,
políticos e necessidades peculiares, próprias deles. Conviver bem com os
“chatos” não é hipocrisia, é acima de tudo praticar o tão sonhado engajamento e
assim não fragmentar as relações interpessoais. Apenas um conselho aos
“chatos”: construam melhores relacionamentos, pela simples razão que gente
considerada chata, pode perder oportunidades de prosperidade, tanto no campo
pessoal, quanto no profissional. E por fim, que auto avaliemo-nos, pois quem
não tem seu grau de chatice e suas idiossincrasias no set organizacional?
Fonte: Dicas Profissionais
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