Por Thiago Borbolla - Judão,
Paul Walker está morto. Aos 40 anos, o ator que ficou conhecido pela galera ao participar de corridas de rua em Velozes e Furiosos, morreu justamente num acidente de carro.
Soa irônico, no começo, pensar que ele morreu justamente num carro fodão, em alta velocidade, pelas ruas da Califórnia. Mas se pararmos pra pensar, foi justamente com carros fodões, pelas ruas da Califórnia, Tokyo, Brasil, Europa e América Central que Paul Walker nos deu diversão, entretenimento e uma série de filmes nada menos do que sensacional.
Minha única oportunidade de entrevista com ele foi na coletiva de imprensa do quinto filme, no Rio de Janeiro — o que não dá pra levar tão em conta, mas sempre respeitei o cara. A pessoa física, mesmo. Apesar dos olhos azuis e essa coisa de galã, Walker nunca entrou nesse círculo de celebridade Hollywoodiana. Sempre esteve um pouco de fora, deixando rolar, fazendo seu trabalho e também o que gosta (e acha importante) fora dele.
Formado em biologia marinha, Walker em 2010 chegou a ir com a National Geographic para a costa do México pra ajudar a encontrar e marcar TUBARÕES BRANCOS, apenas para protegê-los — o que pode ser visto na série Expedition Great White; depois do terremoto de 8.8 pontos que aconteceu também em 2010, no Chile, o cara foi um dos “first responders”, indo pro lugar imediatamente tentar fazer alguma coisa; ele também liderou esforços pra ajudar as vítimas daquele terremoto no Tahiti. e agora, pra arrecadar fundos para as vítimas do tufão nas Filipinas, realizou na sua loja de carros, Always Evolving, um show beneficente, pra esse pessoal que gosta de carros se reunir e tal.
Carros, aliás, eram uma de suas grandes paixões. Além da franquia Velozes e Furiosos e dessa loja, Walker também chegou a fazer comerciais de carros, participar de corridas (não de rua)… No seu twitter, ele dizia ser “viciado em adrenalina”.
De repente, estando no banco do carona de um Porsche Carrera GT, dirigido pelo CEO da Always Evolving, Roger Rodas, a vida acabou. Uma menina de 15 ficou sem um pai, milhões de fãs ficaram sem um ídolo.
Por sorte, nada do que ele já fez vai poder ser diminuído. Ao contrário. Velozes e Furiosos continuará sendo uma franquia sensacional, independentemente do seu futuro, e seus outros filmes, menos conhecidos (ou talvez não levados tão a sério, só porque era o “cara do Velozes e Furiosos”), enfim ganhem o respeito merecido.
Uma morte como essa é sempre chocante. Podia ter sido comigo, com você, com alguém que você goste, com alguém que eu gosto, com alguém que nós gostamos, com alguém que não ligamos. Mas era um cara legal, que fazia a sua parte pra tentar mudar o mundo, divertia milhões e milhões de pessoas, que vai deixar sua filha, Meadow, no mínimo, orgulhosa.
Paul Walker morrer num carro, segundo informações, em altíssima velocidade, não é ironia — ou talvez não seja SÓ ironia. É também um pouco de romantismo. Ele morreu do mesmo jeito em que se tornou conhecido.
Do mesmo jeito que fez milhões de pessoas se divertirem ao longo de 12 anos.
“A vida imita a arte”. droga* nenhuma.
Infelizmente, a vida de Paul Walker acabou mas, por sorte, sua arte, seu trabalho, continuarão pra sempre.
Valeu, Paul Walker.
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