Segundo explica Cho, qualquer hábito que queiramos
introduzir em nossas vidas pode ser dividido em uma sucessão de etapas. Assim,
imagine o ato de ir para a academia, por exemplo: o processo se divide em vários
passos, como o de levantar do sofá, trocar de roupa, preparar uma mochila com
as suas coisas, se locomover até a academia, fazer o seu treino e, em alguns
casos, tomar banho antes de voltar para casa. Deu preguiça só de pensar em tudo
isso?
Barreiras cerebrais
De acordo com Cho, acontece que o nosso cérebro considera
todas essas etapas como barreiras e, apesar de sabermos que a prática de
exercícios faz bem para a saúde, nossas próprias mentes nos sabotam, fazendo
com que nos questionemos se realmente vale a pena passar por todos esses passos
só para ir até a academia. Desta forma, na verdade não é que detestemos algumas
atividades, mas sim o processo envolvido para a sua realização.
O problema é que a resposta não está em apenas eliminar
etapas do processo para torná-lo mais simples e, assim, mais atraente para o
nosso cérebro. Mesmo que fizermos isso, a nossa mente ainda encontrará formas
de nos sabotar. A não ser — é claro — que a gente consiga enganá-la!
Efeito Zeigarnik
Segundo Cho, para isso podemos tirar proveito do chamado
“Efeito Zeigarnik”, baseado no fato de que nos lembramos mais de tarefas que
deixamos pela metade do das que já concluímos. Esse efeito faz com que o nosso
cérebro deseje ardentemente finalizar um projeto depois que ultrapassamos
determinado ponto de sua execução. Sendo assim, Cho aponta que um dos segredos
é iniciar a atividade que desejamos que se torne um hábito pouco a pouco.
Então, se você deseja criar o hábito de ler mais, por
exemplo, comece lendo alguns parágrafos por dia, e depois vá aumentando a
quantidade de parágrafos até você terminar uma página inteira e assim por
diante. Através dessa técnica, você só precisará reunir força de vontade
suficiente para dar o primeiro passo, e o processo que desencadeia a formação do
hábito deve ocorrer naturalmente.
Transforme a sua mente em aliada
E como conseguir reunir ânimo dar o primeiro passo?
Voltando ao exemplo da academia, conforme sugere Cho, podemos fazer isso
identificando em qual etapa do processo nossa mente começa a nos sabotar, nos
convencendo de que o esforço não vale a pena. Assim, preste atenção em quando é
que isso acontece — se é quando você começa a se trocar, veste os tênis ou
enquanto prepara a mochila.
É nesse momento que precisamos enganar a mente e forçar pensamentos
positivos. No caso de que você deseje tornar a prática de exercícios em um
hábito, aqui é a hora de se automotivar e se convencer de que consegue ir mais
longe e fazer mais. Por outro lado, se o que você quer é acordar sem ativar a
função soneca do despertador, por exemplo, assim que o alarme tocar levante-se
e pense em algo que você realmente deseja fazer durante o dia.
Uma vez você consiga identificar em qual etapa do
processo o seu cérebro cria o bloqueio para que você finalize determinada atividade,
comece a usar a própria mente como sua aliada. Dessa forma, será muito mais
fácil espantar a preguiça e transformar determinadas tarefas em hábitos.
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