É inegável o poder de
comunicação da tecnologia atualmente.
Sua capacidade de transformar a maneira de como interagimos mudou o mundo. O
que há alguns anos atrás parecia se tratar de ficção científica, hoje é
absolutamente normal e corriqueiro, como por exemplo, um vídeo conferência.
O problema é que todo
esse progresso e avanço tecnológico fizeram
com que aparecessem pessoas com sérias dificuldades de concentração. E é
justamente no trabalho, talvez no escritório, que tais problemas se tornem mais
visíveis e deixem marcas mais profundas – tantos as boas quanto as ruins. A
distração é um deles. Um estudo da Universidade da Califórnia mostra que
profissionais que trabalham em frente a um computador são interrompidos (ou se
interrompem espontaneamente) a cada três minutos. Assim, toda vez que isso
acontece, leva-se até 23 minutos para retomar a atividade. “Em uma semana, um
profissional distraído perdeu muitas horas de trabalho”, conta o psiquiatra
Frederico Porto, consultor da LHH/DBM, empresa de colocação de executivos, de
Belo Horizonte. E acrescenta: “Além disso, o desgaste mental de mudar de uma
atividade para a outra faz a pessoa ficar muito cansada”.
Como se não bastasse,
a tecnologia tem sérios efeitos sobre a ansiedade. O sistema de recompensa do cérebro, o mesmo que
nos faz comer para não morrer de fome, se adaptou à era digital e acabou por
ficar “carente” também de informação. De acordo com Kelly McGonigal, PhD em
Psicologia e professora da escola de negócios da Universidade de Stanford, em
São Francisco, a consequência é sentir necessidade de consumir notícias assim
como se sente vontade de almoçar.
Por esses motivos, a
Associação de Psiquiatria Americana incluiu a partir deste ano a desordem no
uso da internet no Manual de Transtornos Mentais,
espécie de lista das doenças psiquiátricas existentes.
Fonte: Revista Você S/A (Editor
Abril – março de 2013)
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