Já passou em
um concurso e tomou posse? Você está a um passo de se acomodar com a situação,
que nem sempre é favorável.
Uma
constatação bem óbvia e por isso mesmo bastante preocupante: a preguiça parece
tomar conta da vida de muitos "concursados" (chamemos assim aqueles
que já passaram em um concurso e
assumiram a vaga). Esta é uma das atitudes mais lamentáveis tomadas por gente
que até então se considerava "concurseira".
O fato é que
nem sempre abandonar por completo a maratona de intenções e preparações
significa que "está tudo consumado". Dito de outra forma, muitos
concurseiros que necessariamente ainda podiam render mais e, quiçá, conquistar
cargos e salários melhores, simplesmente joga a toalha. Isso é passível de uma
reflexão, para se ter certeza se é realmente a hora de parar.
O
interessante é que acompanhando a inércia desses concursados, está geralmente a
insatisfação. Eles até "se encontram" no serviço que têm
desempenhado, mas perceberam há algum tempo que as condições salariais e de
carreira poderiam ser bem melhores. Começam até a entoar aquele bordão: "Está
vendo? O negócio mesmo é estudar e procurar fazer novo concurso para cair fora
disso aqui!”.
No entanto,
entre a vontade e a ação existe uma fronteira nem sempre fácil de ser
atravessada. É sobre isso que pretendo discorrer um pouco.
De antemão,
sei que é grande a tentação de sossegar em um cargo e pronto. Mas será que isso
lhe fará feliz? Pese bem os prós e os contras antes de dizer que nunca mais
fará concurso. Se você pudesse ganhar um pouco mais em outro cargo, não valeria
à pena arriscar um pouco mais?
Claro que há
exceções: tem gente que já passou naquele concurso e realmente está feliz com a
situação, independente de ganho salarial, ou seja, está feliz e ponto final.
Consegue sobreviver e basta. No entanto, se este não for o seu caso, para não serem
vencidos pelo comodismo, algumas dicas pode funcionar:
Volte a
estudar
Não se trata
de voltar a estudar exclusivamente para concursos, mas simplesmente voltar a
estudar. Isto significa que você poderá sentir a empolgação de que precisa para
ampliar um pouco mais os seus horizontes profissionais. Faça um vestibular,
invista o seu tempo numa graduação, ou mesmo em um curso técnico. Isso poderá
lhe dar forças para reverter talvez uma situação que está incomodando, na vida
profissional.
Volte a
estudar - não necessariamente voltar a fazer cursinhos para concursos. Mas
voltar a estudar um curso de verdade: faça uma faculdade, tire da gaveta aquele
projeto de fazer um curso técnico, etc.
Volte a
sondar o mercado de trabalho
Quais as
oportunidades de trabalho que têm surgido que sejam compatíveis com o seu
perfil? Quais os cursos ou concursos que você considera como mais compatíveis
com esse seu perfil. Volte a sondar o "mercado" dos concursos - estar
bem informado é muito bom! É necessário aproveitar as informações que se
encontram à sua volta.
Pesquise os
concursos previstos que lhe agradam, os órgãos nos quais teria vontade de
conquistar uma vaga, pesquisem principalmente por aqueles concursos que ainda
não têm nem previsão de publicação de edital publicado, porque são justamente
esses que muitas vezes nos surpreendem. E a partir dessas informações trace
algum tipo de programação para os seus estudos, que poderá culminar numa
mudança de rumo.
Cuidado para
não matar o concurseiro que existe em você
Isto mesmo: cuidado
para não matar o concurseiro que existe em você na hora errada. Pode não ter
sido para esse cargo e esse salário que você se preparou. Parodiando um verso
célebre de Manuel Bandeira, pense na quantidade de coisas que "poderiam
ter sido e que não foram" na sua vida. Não se deixe impregnar pela falta
de vontade, pois ela poderá até ser capaz contagiar as pessoas que estão mais
próximas de você.
Concluindo,
diria para que tenha cuidado para não achar que o seu atual cargo (que muitas
vezes não lhe proporciona reconhecimento algum, nem no salário) é o último
estágio profissional de sua vida. Sei que não é fácil partir para a ação, mas
algum passo precisa ser dado - e este não pode ser tão demorado assim.
Por Alberto
Vicente
FONTE:CONCURSOS NO BRASIL
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