Para captar esse fenômeno, Hakim, professora da London School of Economics, criou o conceito de “capital erótico”, que envolve, além da beleza física, virtudes como charme, desenvoltura, elegância e sensualidade. Hakim diz que as pesquisas realizadas nos Estados Unidos e no Canadá demonstram claramente que os homens atraentes (quer dizer, com mais capital erótico) ganham entre 14% e 27 % mais que os homens não atraentes. Para as mulheres, a diferença varia entre 12% e 20%.
Existe um adicional de beleza que é pago por toda parte, indiscriminadamente. Por quê? Ninguém consegue explicar ao certo, mas as pessoas parecem sentir-se melhor na presença de pessoas bonitas. Eles criam uma sensação de bem-estar ao redor que pode afetar positivamente a produtividade.
Os resultados dos estudos sobre a beleza são reforçados pelos sinais que chegam ao mercado. Uma pesquisa realizada no ano passado pela revista Newsweek com 202 profissionais de recursos humanos dos Estados Unidos (que falaram sem ser identificados) deixou claro que, apesar do discurso politicamente correto, na vida real a aparência vem logo atrás da experiência e autoconfiança como critério de comprovação.
Para 57% dos recrutadores ouvidos pela pesquisa, um candidato “qualificado, mais feio” teria problemas para se empregar. Metade deles “aconselhou” as pessoas que buscam trabalho a gastar tanto tempo cuidando da aparência quanto do currículo.
Mais do que apenas seduzir as pessoas, a beleza tem o poder de iludi-las – e isso também ajuda a explicar seu sucesso social e corporativo. A beleza é associada, insconscientemente, a características positivas como inteligência, caráter e liderança. Ela abre portas, mas só o conteúdo as mantém abertas.
Fonte: Revista Época
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